INCERTEZA
De onde eu venho ou para onde vou
Não sei
Meu caminho é incerto
São passos fortes, mente brilhante
Coração na mão e leveza na alma
Levo comigo a certeza de uma vida rara
De amores profundos
De nobreza no amar
Trago a franqueza de um sorriso fácil
De uma vida de laços
De laços desfeitos
Passo a passo, sigo meu destino
Percorro por estradas curtas
Por caminhos longos
Na bagagem levo um vulcão que anseia por entrar em erupção
Levo também o suave cantar melodioso de um rouxinol
Mas, em meio a tanta incerteza
Sei que no fim da trilha,
O sol volta a brilhar por sobre mim.
- Claudynha Nô
Escravizada
Eu, escravizada por minha casa, o meu templo,
o meu corpo e minha mente,
Escravizada pelo presente e pelo passado,
por sonhos desfeitos, por metas não alcançadas.
Escravizada por atitudes jamais tomadas,
por ilusões perdidas, por amores findos.
Escravizada por limitações,
por convenções, por adequações.
Eu, escravizada por pensamentos profanos,
por jogos de seduções.
por uma sociedade intransigente,
Escravizada por muita gente.
Eu, escravizada pelo sorriso ingênuo de uma criança,
por passos cansados dos nossos metres idosos,
pelos suspiros contagiantes dos amantes,
por uma vida toda insinuante.
Escravizada pelo brilho do sol,
e pelo encanto da lua,
pelo amor que não tive,
por uma saudade que não senti,
Eu, escravizada por mim.
-Claudynha Nô