terça-feira, 30 de dezembro de 2014

                                      





                                        



                                           Apenas mais uma carta de amor
Certa ocasião estávamos a conversar e você me disse que quando encontrasse a mulher de sua vida, iria casar e com ela teria três filhos. Isso ficou marcado em minha memória de certa forma. Esse dia chegou. Desde então tudo mudou, afinal acordei de um grande e imaginário sonho...
As pessoas falam que o amor acaba, termina, mas não é a verdade...
 Nada acaba...dura.
 Continua e se transforma em outros sentimentos, seja ódio, amizade, ressentimento, compreensão, mágoa...
 Enquanto o tempo  passava eu vivi a minha vida a espera de um milagre, que um dia você fosse só meu e eu não mais seria só  mais uma de suas conquistas sem compromisso e sem respeito. 
Parece que mil anos se passaram...
 Neste ínterim eu rezava e pedia a Deus para protegê-lo cada vez que você ia trabalhar, pois se algo lhe acontecesse eu morreria também. Em meio a esta oração passava um filme de nossas vidas em minha cabeça: de quando nos encontramos pela primeira vez, dos momentos de descontrações, de viver intensamente as horas de amor e vi nós dois juntos no casamento do seu amigo, também vi estampado em nós, o medo, a coragem de se entregar a simples e único momento,
 a salto sem redes de tantas e tantas vezes...
 A isso eu denominei amor...
Vi você indo embora, sendo levado de diferente formas, tantas vezes, que até perdi a conta.
 Depois vi você voltando nem que por frações de minutos e no fundo dos seus olhos, como num rio, tudo o que a gente não tinha vivido.
 A partir daí de certa maneira ficamos divididos entre  dois amores, entre duas vidas, uma que já estávamos vivendo e outra que jamais tínhamos podido viver.
seguindo essa linha de pensamento eu entendi que não havia mais divisão nenhuma, era pura ilusão de minha cabeça,
 pois o que tinha sido vivido, o que tinha ficado para trás, tudo era parte de uma mesma história, de uma mesma vida e de um mesmo sentimento: LEMBRANÇAS,
 e neste momento eu já via a gente cruzando fronteira, foi como se  tivesse alcançado o outro lado daquela igreja, eu não mais estava ao seu lado apadrinhando o casamento e sim sentada no último banco analisando tudo que passava a minha volta. 
Finalmente sem escapes eu consegui me manter firme e forte a todo esse tempo, descobrindo que todos esses anos que pareciam estar parados a nos esperar, na verdade foi fruto de minha ingenuidade, porque ao contrário de mim, o outro lado da fronteira você já havia cruzado.
Hoje sinto-me liberta de tantas fantasias,
 sonhos antigos e esperanças desfeitas.
Parece que a vida esta sempre mudando os nossos planos e nos fazendo achar que estamos perdidos.
 Então ela vem de novo e mostra um novo caminho, uma razão para recomeçar, novos motivos para acreditar que ainda dá para ser feliz.
 Você já achou sua felicidade, seu caminho, entretanto para mim, existem novos sonhos do lado de cá da fronteira que agora eu preciso viver, sem as sombras do passado.


                                                      

                                            


                                          



                                                                               



                                                 A literatura em crise

Algumas marcas da pós-modernidade podem ser identificadas nas obras literárias da atualidade, como:

* A eliminação das fronteiras entre a arte erudita e a popular
- O desenvolvimento de novas tecnologias de reprodução e difusão da arte (fotografia, rádio, cinema, televisão, vídeo, computador) fez com que a separação entre a arte considerada culta e a dita arte popular fosse desaparecendo.
* O ecletismo
- Como o principal objetivo da arte pós-moderna é a sua comunicabilidade, ela promove a incorporação de todos as estéticas passadas, amalgamando-se de modo inovador.
* O niilismo (nada)
- o ser humano da sociedade pós-moderna não acredita em nada, tendo abandonado as ilusões que animaram a existência humana em momentos históricos anteriores ( a relação, o progresso, a consciência). Seu grande “Deus” é o consumo. 
Nietsche é o filósofo inspirador dessa postura.
* Uma postura individualista
- Vivendo em um mundo sem referentes norteadores para sua existência, o ser humano pós-moderno volta-se cada vez mais para si mesmo.
* O humor
- A vida em uma sociedade voltada para o consumo traz inequívocos;
 a principal delas é a tentativa incessante de fazer com que o ser humano relaxe, viva de maneira mais descontraída. 
Para tanto, investe-se no humor e no erotismo, como meios de tornar menos dramático e moderna, encontrar temas 'sérios' tratados com humor.
                                                       

                                                        

                                           O movimento Romântico
O romantismo foi um movimento político, filosófico e principalmente artístico que surgiu nas ultimas décadas do sec XVII , primeiramente na Alemanha, na frança e na Inglaterra, que ficou ainda uma grande parte do século XIX. O romantismo constitui numa transformação estética desenvolvida em oposição a tradição neoclássica setentista e inspirada em modelos medievais, caracterizando-se como uma visão contrária de mundo, ao racionalismo, buscando um nacionalismo que viesse a consolidar os estados nacionais na Europa.
 Nesta época o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política surgia o liberalismo político, na sociedade imperava o inconformismo e no que se diz ao campo artístico, havia repúdio ás regras.O romantismo veio a se manisfestar de formas bastantes diferentes nas artes, na literatura e na música, apesar da censura da época.
 As características centrais do romantismo são o lirismo, o subgetismo, o sonho de um lado, o exagero, o exótico, o nacionalismo, a idealização do mundo e da mulher, pois ela  era musa, era amada e desejada, mas não tocada.Depois foi também notados o pessimismo e um certo gosto pela morte, religiosidade e naturalismo.Segundo Hibbard, podem-se apontar as seguintes qualidades para o espírito romântico: 

O individualismo, onde se é totalmente pessoal e intima.
O Ilogismo, pois não tinha oscilações nas emoções.
O senso de mistério, Onde ele é atraído pelo mistério da existência.
O escapismo, é o desejo do romântico de fugir da realidade para um mundo idealizado.
O reformismo, que é a busca por um mundo novo.
O sonho é o desejo representado por mitos e símbolos. 
A fé, o que comanda o espírito romântico.
O culto a natureza, representada como o lugar de refugio, puro, não contaminado pela sociedade.
O retorno ao passado, onde se idealizava uma civilização diferente da presente.
O pitoresco, o espaço atraía o romântico, as florestas, as longes terras, as diferentes fisionomias. 
O exagero, que era simbolizado por um mundo de perfeição e sonho. Além disso, o romantismo distingue-se ainda por traços, formas e estruturas.
 Finalizamos nosso pequeno apanhado, salientando que o romantismo cultivou principalmente a poesia lírica, o drama e o romance, seja social e de costumes, psicológicos e sentimental, gótico e de aventuras, histórico, de tema nacional ou medieval.