
Graúna
Sou uma graúna presa no seu pesar
Escrava numa gaiola fria
Sem alçar vôos altos
Sem novos horizontes encontrar
Escrava numa gaiola fria
Sem alçar vôos altos
Sem novos horizontes encontrar
Sou esse passarinho
Ansiando voltar a cantar
Soltar-me desses grilhões
Que tendem a me machucar
Ansiando voltar a cantar
Soltar-me desses grilhões
Que tendem a me machucar
De que vale essa bela pluma
Cheia de glamour e também ternura
Que da gosto admirar
Ter o encanto da lua
O segredo da chuva
Quando volto a melodiar
Cheia de glamour e também ternura
Que da gosto admirar
Ter o encanto da lua
O segredo da chuva
Quando volto a melodiar
Sou essa pequena ave
Que outrora foi menina
E que com graça e peraltices viviam a brincar
Não tinha o peso nas costas
De uma vida fadada a se deteriorar
Que outrora foi menina
E que com graça e peraltices viviam a brincar
Não tinha o peso nas costas
De uma vida fadada a se deteriorar
Hj presa as responsabilidades e deveres da vida
Me vejo envelhecida
Numa gaiola a olhar
Me vejo envelhecida
Numa gaiola a olhar
A vida correr lá fora
Tantos sendo felizes agora
E eu tão só a murmurar
E eu tão só a murmurar
E sozinha meu gorjeio morre comigo
Esse amarrilho é meu abrigo
E não adianta declamar
Esse amarrilho é meu abrigo
E não adianta declamar
Poemas lindos de amor
Onde o bonito se far muiticor
Mas aqui só penumbra faz entrar
Onde o bonito se far muiticor
Mas aqui só penumbra faz entrar
Esperando que morra meu canto
Porque ninguém vê o meu pranto
Tira-me dessa gaiola, antes que não possa mais voar
-Claudynha Nô