quarta-feira, 13 de julho de 2016


                 


                                                 Desejo





O teu olhar enxerga minhalma 
Me faz delirar
Seu corpo me fascina
Desejo te amar

Sua boca me assanha
com essa mordida nos lábios 
Seu sorriso são três sílabas 
Que me embaraço

Encoste no meu corpo 
Sinta-o delirar
Busque meus lábios 
E venha me amar

Teu toque me acalma
Sua chama me queima
Nossos corpos se alinham
Numa sintonia plena

Diz que sente minha falta 
Que ninguém faz como eu
Que sou seu maior fetiche
E vc é todo meu

Segure firme meu corpo
Leve para junto de si
Puxa minha nuca com paixão 
Fala o que deseja de mim

Sinta o calor do meu corpo 
E o sangue a pulsar nas veias
As batidas do coração 
Querendo urgência apenas

Venha com um tom de malícia 
Me completar por inteira
Mergulhe nesta viagem
De paixão que encendeia

Te abrigo no meu corpo 
Me defino no seu
Somos loucura e desatino
Somos poesia e apogeu
-Claudynha Nô


                                                

                  

                                                   Medo




Quem tem medo de se molhar 
Não sai na chuva 
E acaba por perder uma das melhores sensações da vida

Quem tem medo de amar
Deixa passar amores sublimes e inesquecíveis
E mil aventuras não há de viver

Quem tem medo de arriscar
Vive enclausurado no seu eu
Numa luta constante
Perdendo as emoções da estrada

Quem tem medo de ousar
Segue em quietude e obediência 
Sem imaginar a adrenalina que deixa passar

Quem tem medo de viajar
Encontra-se numa redoma limitada 
Podendo ver o fim da estrada
Perde a liberdade de flutuar

Quem tem medo de dançar 
Deixa passar a melodia mais bonita
Sem se deixar contagiar

Quem tem medo de doar-se
Infinitamente sozinho está 
Sofrendo calado
E não conhece o poder de amar

Quem tem medo da solidão 
Procura abrigo em outro coração 
Acha que esta com a razão 
Mas solitário nunca estará

Quem tem medo da ilusão 
Vive denotativamente
Esquecendo que somente
Vivemos pra sonhar

-Claudynha Nô




                                       

                   


                                                        Mãe




Ela é a personificação do amor de Deus por nós 
É o amor incondicional

Vem encarnada de várias formas
Numa genitora, numa avó, 
Em um pai, num seio adotivo
É de uma dedicação singular
E sua especialidade é nos amar

Nossos primeiros passos foram em sua direção 
Que sempre nos indica o caminho bom
Que nos ensina o valor da vida
Que vela a nossa vida em constante oração 
Que nos ampara no desespero, na dor e desilusões 
E Fica exultante com nossa Vitória

Das noites mal dormidas
Trás os olhos cansados
De histórias infinitas de tanto amor sabe contar

Com passos silenciosos
Sempre ao lado está 
As mãos já calejadas
De muito trabalhar 
Para nos dar o melhor

Para nós sempre tem seu sorriso mais belo
Seu olhar mais terno
E um colo de ninar

Você é a perfeição da vida
O exemplo a seguir
O sonho mais lindo
De uma noite sem fim
Sendo tu a majestade do lar
Também é escrava dos desejos nossos

É divina e angelical
Presente sublime, anjo protetor
Minha mãe, criatura esculpida pelas mãos de Deus

- Claudynha Nô


                                          
                                         


                                                     A amizade



Mesmo mas diferenças 
Nas diversidades de personalidades
Em comportamentos variados
Amizade e lealdade

Nos gestos de amizades
Acolhimento, atenção 
Delicadeza e solidariedade
É privilégio e gratidão

Numa vida sem luz
Na desacreditacao da fé 
Na tristeza infinita 
Ela vem sacramentar o amor

Trás consigo a harmonia
A vida fica mais engraçada 
Mais completa e Cheia de luz
Preenchida , irradia comunhão e alegria

Eleva o outro para o melhor de si
Em suas peculiaridades são amigos sem fim
São sorrisos em dias feios
Suportes quando falta o chão

São abraços, gargalhadas
Brigas, discussões 
São reencontros fraternos
São canções e orações

É incentivo na hora da dor
Habitação de um coração 
Reforço da fé em Cristo
Um misto de candura e amor

A amizade é singeleza incalculável 
De cultivo permanente
Sementinha brotada todo dia
Que cresce no coração da gente.

- Claudynha Nô

                                                   
                 

                                                   Calígula

Te ofereço um coração lacrado
Que de tanto ser rejeitado
Aprendeu a amar sozinho

Te ofereço uma luz inspiradora
Um corpo, abrigo 
uma alma, uma paz
Nos momentos incertos
De certezas escondidas

Cole a sua boca na minha
Estamos na mesma direção 
Do afago faça seu ninho
Do refúgio, sua paixão

Transfigura a solidão de nós dois
Em sorrisos na hora do coito final
Escandalizando, enaltecendo o amor
Transformando num eclipse total

Que o nosso mel sele o segredo
Que escorra pela boca o desejo
Da hora mais esperada e fecunda

Venha declamar o amor comigo
Pois a felicidade é só momento
Ela evapora com um sopro
Mas o amor eterniza no tempo

Venha devagar meu doce Calígula
encosta sua cabeça no peito meu
Te faço carinho, te falo de amor
Sozinhos somos so você e eu

Não queira mais andar sozinho
Tens a mim e meu infinito
Sou tua Dulcineia , seu destino
Regada de poesia, Villa, carícias e vinho

- Claudynha Nô


               
                 

                                                    Pra que insistir

De que adianta me amar e me deixar
O meu corpo não é hospedaria
É um templo sagrado 
Onde só permanece o que é poesia

De que adianta possui-lo
E não ter emoção 
Falar palavras bonitas
Sem sentidos, sem ação

De que adianta promessas a fio
carícias, sedução, vinho e canção 
Se teu olhar não me pertence
E o meu está em outra direção

De que adianta uma transa apenas
Se estamos em outro mundo
Sonhando com outros braços 
Misturando um sentimento profundo

De que adianta me amar
Nesta magnífica noite de lua nova
E perder o encanto de outrora
De conquistador bossa nova

De que adianta, vamos deixar como está 
Esta noite foi boa pra vc e pra mim
Mas minha vida a outro pertence
E não faz sentido, enfim...

De que adianta tocar a pele
Se não fundiu coração com coração 
Se foram poucos momentos
De ternura, fracasso e ilusão

De que adianta forjar uma situação 
Se o tesão acabou
Foram expectativas vãs
Que o vento levou

De que adianta negar
O que esta gravado dentro de mim
eu pertenço a outro
Está escrito na cor carmesim 

-Claudynha Nô

                                                         

                       

                                                         Solidão

Quem nunca se sentiu sozinho
Na hora da dor
Não ter com quem contar

Quando a morte ronda seus passos
E neste embaraço 
Você se sacrificar

Quem nunca se sentiu sozinho
Frágil e pequenino
Vendo as chagas sangrar

Os soluços são abafados
A dor da vazão ao cansaço
As lágrimas começam a brotar

Quem nunca se sentiu sozinho
Não enxergando o caminho
E a esperança fraquejar

A madruga sendo seu algoz
Num medo feroz
De não mais levantar

Quem nunca se sentiu sozinho
Sem ter a mão Amiga
Um abraço a te embalar

Não sentir o carinho
Um Porto Seguro, um ninho
Um sorriso para dar

Quem nunca se sentiu sozinho
Vendo passar os anos lindos
Sem vive-los, sem notar

Em continuar rente e resiliente
Se metamorfoseando
Entre alegria e pesar

Quem nunca se sentiu sozinho 
Quando viu destruído seu ninho
Seus desejos de voar

Sentiu o gosto amargo do fel ferindo 
Sua vida se diluindo
A energia cósmica esgotar

Quem nunca se sentiu sozinho
Pedindo socorro e ninguém ouvindo
Só escuridão encontrar

Debater-se de um lado pro outro
Perder o chão sem apoio
Como um barco a deriva, ficar

Quem nunca se sentiu sozinho
Por companhia ter o frio
De uma noite sem luar

Esperando que o dia amanheça 
E uma nova vida floresça 
Poder novamente sonhar

- Claudynha Nô
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                                                    Rainha


A poesia se fez vida 

A vida se fez carne

A carne se fez mãe 

A mãe se fez amor

O amor se fez doação 

A doação se fez Deus

Deus se fez encanto

O encanto se fez mundo

O mundo se fez divino

E o divino se tornou estrela

- Claudynha Nô