quarta-feira, 13 de julho de 2016

                                                         

                       

                                                         Solidão

Quem nunca se sentiu sozinho
Na hora da dor
Não ter com quem contar

Quando a morte ronda seus passos
E neste embaraço 
Você se sacrificar

Quem nunca se sentiu sozinho
Frágil e pequenino
Vendo as chagas sangrar

Os soluços são abafados
A dor da vazão ao cansaço
As lágrimas começam a brotar

Quem nunca se sentiu sozinho
Não enxergando o caminho
E a esperança fraquejar

A madruga sendo seu algoz
Num medo feroz
De não mais levantar

Quem nunca se sentiu sozinho
Sem ter a mão Amiga
Um abraço a te embalar

Não sentir o carinho
Um Porto Seguro, um ninho
Um sorriso para dar

Quem nunca se sentiu sozinho
Vendo passar os anos lindos
Sem vive-los, sem notar

Em continuar rente e resiliente
Se metamorfoseando
Entre alegria e pesar

Quem nunca se sentiu sozinho 
Quando viu destruído seu ninho
Seus desejos de voar

Sentiu o gosto amargo do fel ferindo 
Sua vida se diluindo
A energia cósmica esgotar

Quem nunca se sentiu sozinho
Pedindo socorro e ninguém ouvindo
Só escuridão encontrar

Debater-se de um lado pro outro
Perder o chão sem apoio
Como um barco a deriva, ficar

Quem nunca se sentiu sozinho
Por companhia ter o frio
De uma noite sem luar

Esperando que o dia amanheça 
E uma nova vida floresça 
Poder novamente sonhar

- Claudynha Nô

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