Solidão
Quem nunca se sentiu sozinho
Na hora da dor
Não ter com quem contar
Quando a morte ronda seus passos
E neste embaraço
Você se sacrificar
Quem nunca se sentiu sozinho
Frágil e pequenino
Vendo as chagas sangrar
Os soluços são abafados
A dor da vazão ao cansaço
As lágrimas começam a brotar
Quem nunca se sentiu sozinho
Não enxergando o caminho
E a esperança fraquejar
A madruga sendo seu algoz
Num medo feroz
De não mais levantar
Quem nunca se sentiu sozinho
Sem ter a mão Amiga
Um abraço a te embalar
Não sentir o carinho
Um Porto Seguro, um ninho
Um sorriso para dar
Quem nunca se sentiu sozinho
Vendo passar os anos lindos
Sem vive-los, sem notar
Em continuar rente e resiliente
Se metamorfoseando
Entre alegria e pesar
Quem nunca se sentiu sozinho
Quando viu destruído seu ninho
Seus desejos de voar
Sentiu o gosto amargo do fel ferindo
Sua vida se diluindo
A energia cósmica esgotar
Quem nunca se sentiu sozinho
Pedindo socorro e ninguém ouvindo
Só escuridão encontrar
Debater-se de um lado pro outro
Perder o chão sem apoio
Como um barco a deriva, ficar
Quem nunca se sentiu sozinho
Por companhia ter o frio
De uma noite sem luar
Esperando que o dia amanheça
E uma nova vida floresça
Poder novamente sonhar
- Claudynha Nô
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