quarta-feira, 13 de julho de 2016


               
                 

                                                    Pra que insistir

De que adianta me amar e me deixar
O meu corpo não é hospedaria
É um templo sagrado 
Onde só permanece o que é poesia

De que adianta possui-lo
E não ter emoção 
Falar palavras bonitas
Sem sentidos, sem ação

De que adianta promessas a fio
carícias, sedução, vinho e canção 
Se teu olhar não me pertence
E o meu está em outra direção

De que adianta uma transa apenas
Se estamos em outro mundo
Sonhando com outros braços 
Misturando um sentimento profundo

De que adianta me amar
Nesta magnífica noite de lua nova
E perder o encanto de outrora
De conquistador bossa nova

De que adianta, vamos deixar como está 
Esta noite foi boa pra vc e pra mim
Mas minha vida a outro pertence
E não faz sentido, enfim...

De que adianta tocar a pele
Se não fundiu coração com coração 
Se foram poucos momentos
De ternura, fracasso e ilusão

De que adianta forjar uma situação 
Se o tesão acabou
Foram expectativas vãs
Que o vento levou

De que adianta negar
O que esta gravado dentro de mim
eu pertenço a outro
Está escrito na cor carmesim 

-Claudynha Nô

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