quarta-feira, 18 de novembro de 2015

                                      
                                    
                                    Saudades daquele tempo



Saudade do tempo em que minha preocupação era ser feliz
O sorriso corria solto, espontâneo
Os abraços eram sinceros
Os gestos genuinamente singelos
Tempo em que a ingenuidade imperava
De peraltices puras e leves
Saltitar era tudo que se queria
Desejava o um mar para navegação
Um rio qualquer pra banhar
Uma chuva pra se molhar
Muitos beijinhos nas bochechas
Danças de roda
Canções soltas no ar
Uma vida toda pra sonhar
Saudade daquele tempo
Em que pular amarelinha era top
Comer algodão doce era chique
Inocência nas traquinagens eram normais
Era uma época menos rude
Soltamos pipas e jogamos bola de gude
Tinha a queimada, a peteca e o bete bol
Pular elástico brincar de cortas e o pião
Tudo misturado a mais gostosa diversão
Contavam os estrelas
Fantasiando as nuvens
Com suas figuras angélicas
Éramos felizes e
Pequenos mestres do amor e da paz
Foi um tempo único
De clareza, castidade e alento
O amor não tinha presa
O sentia lentamente
Como num roçar do vento
Vem a nostalgia
Das Aves Marias
Das obediências
De querer ser grande
Doar-se sem medida
Viver e plenitude e intensidade
Ver a vida com olhos da verdade
Voar nas asas da imaginação
Ter um mundo particular
Enfeitado de ilusão
As fantasias era mais reais
E os heróis eram os nossos pais
Ah, saudades daquele tempo
Que não volta mais

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