segunda-feira, 26 de setembro de 2016

                              


                                                                           Assalto




Fui assaltada de repente
De uma forma que a gente nem sente
Quando percebe, já levaram tudo embora

Fiquei sem o sorriso mais gostoso
O olhar mais vivaz
A voz sonora
E o suspiro de amor

Perdi a inocência genuína
A ternura de toda uma vida
A ilusão tão esperada
E o medo de amar

Meus beijos já não são meus
Meus pensamentos se perderam
Junto com a inspiração
E tudo que levou

Furtaram toda a minha atenção
Jogando-a fora depois
Ficando só a metade de mim
E subtraindo o que eu não tinha

Equivocadamente levaram o coração
Que já não me pertencia
E as sensações do corpo que tinha
Agora congelado ficou

Carregaram os meus ideais de aspirante
Jogaram-me num buraco negro
Cicatrizes e Chagas abertas ficaram
Pois são marcas de um assalto sofrido

Esconderam-me a mágica de ser única e desejada
Vivendo uma vida plena
Cheia de emoções
De amores e ilusões afins

Tiraram de mim minha identidade serena
De esperanças, sonhos e paz
Colocando no lugar
Um enorme vazio

Hoje a vida está inconstante
Sem paixão, Sem fantasias
Sem o doce do mel
Não existe mais alegria

Pois levaram o calor do Sol
deixando uma noite fria
E ao cometer esse crime,
Furtaram meus anseios de menina

-Claudynha Nô

                                                             

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