segunda-feira, 26 de setembro de 2016








                                  

                                     



                                                                  Linear



Na supremacia das horas
No balancear do momento
Nas curvas do tempo
Nas asas do pensamento

Velozmente segue a avenida
A poesia e a canção
É música que erradia
É luz, bênção e ascenção

Na vida a surgir num choro
Num sopro perdendo a vida
Na transgressão do acaso
Assim se torna bem-vinda

Da escuridão a chama alta
Do silêncio ao grito aflito
Da primeira luz do dia
Até o entardecer contido

De tudo que se pode mudar
Das opiniões não formadas
Das ilusões perdidas a fio
Chorando dilacera a alma

No critério da decisão certeira
Na dúvida mais profanada
A boca fechada permanece
Sendo a atitude mais graciada

O brilho do desdobramento
Da navalha que lhe corta
É a faça de dois gumes
Que estraçalha e exorta

Na lentidão do conhecimento
Na ignorância do saber
É falta de sabedoria divina
Impedindo de crescer

Carrega consigo a ânsia
Em tudo ficar atento
Ser calma, ser brisa, ser vida
Ser um mundo de seguimento

Seguir assim voltado
Para as perguntas que a vida faz
Para trilhar docemente o caminho
De amor, humildade e paz

- Claudynha Nô

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