segunda-feira, 26 de setembro de 2016





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                                                  Sigo na lida de cada dia




A paixão toma conta de mim
Pois sem amor, seria meu fim
Nesta caminhada solitária
Onde ele paira no ar

Trago em mim a energia resiliente
Um coração Valente
Que de tão imponente
Quer o amor pleno conquistar

No olhar transmito a certeza
No coração a mais linda melodia
Na alma a candura eterna
Nesta vida de poetisa

Por isto não perco a magia
De ideais, de fantasias
De um dia realizar
Os meus sonhos de menina.

-Claudynha Nô

                                           
                  (Á Poetisa mor do nosso grupo Roda de Poesias, Claudynha Nô!)




                                                                    Dores





A dor que doeu não passou, nem passará...
A dor que doeu, ainda dói, mas mudou...
Achei que fosse me matar!
Pensei eu ter morrido!
Senti meu verso secar... A dor mais doída da vida... É perder quem nos fez pra vor.
A dor que doeu me arrasou, fui ao chão, vi meu sol se apagar!
Mas nem mesmo a maior e mais forte dor é capaz de matar o amor!
E o tempo vai passando e sarando a ferida que há...
E assim, os meus versos ensaiam o seu entoar...
Depois da dor a alegria se insinua querendo voltar...
E cada dia que passa a ausência dela me ensina, que sempre comigo ao meu lado ela estará...
Porque doer a vida sempre doi... E ao doer vem nos lapidar!
Pois viver é mesmo assim...
Um morrer e renascer, um sofrer e aprender em um ciclo sem fim!


                      Por Kiko di Faria
                                          


                                                                                Você 




Por você me desafino
Saio do passo
E me descompasso

Perco a compostura
fico sem dignidade nenhuma
E me escondo no meu eu

Quem é você , menino
Que embaralha o meu ninho
Me desatina
E saio da linha

Por você perco a calma
Me inspiro em noites sombrias
Componho música, faço poesias
Com versos e trovas sentidas

Com você tenho segurança
Fico neurótica
Volto a ser criança
Sou sensata, sou paradoxa
Por você

Você é meu atrevido desejo
Um vulgar lampejo
De vivacidade pulsante
Dentro de mim

Quem é você de olhar vibrante
De doçura num caminhar errante
De sensualidade latente
E corpo hipnotizante

Você que desejo aqui comigo
Ser o teu apoio, seu esconderijo
Sua rainha, sua serva
Seu chamego, seu abrigo

Você que me acompanha
Que é sensual, promíscuo
De luxúria na pele
E olhar sedutor

Quem é você que me desequilibra
Me ilude, me ilumina
Me prende a você

Você que é chegada
Que é partida
É a espera angustiante
De uma vida sozinha

Quem é você por quem anseio amar
E passo noites acordada a fio
Procurando uma maneira de te encontrar

- Claudynha Nô


                                                             
                               


                                                                  Chuva




Quem nunca foi peralta
Rodopiando na chuva ao anoitecer
Sentindo sua magia e seu aroma
E a paz inundar o seu ser

Eu danço na chuva
Canto e pulo sem parar
Valso por todos os lados
Venha comigo bailar

Sou uma criança encantada
Numa felicidade sem fim
Na doce loucura e fantasia
Da chuva caindo sobre mim

Caminho na chuva e observo tudo a minha volta
As nuvens passeiam de mansinho
O vento volta a sussurrar
Convidando as gaivotas

Te chamo para vir comigo
Embalados ao som silencioso da água
Deixar o desejo falar mais alto
Limpar o corpo e também a alma

Me chama de romântica, louca ou inconsequente
Entretanto nada é mais gostoso
Que sentir a chuva caindo na gente
Renovando a vida e purificando a mente

Cai chuva amiga no meu telhado
Mas sem ventanias soltas
Traga-me os sonhos contigo
E leve consigo todas revoltas

- Claudynha Nô


                                                             
                                     





                                                                     
   Realeza



Se a realeza de sua vida
É o amor
Porque não se entregar a ele?

Deixar fluir o desejo reprimido
Viver o que não faz sentido
Mas que é sua razão de viver

Proporcionar a ti novas direções
Tomar outras decisões
E ao amor se entregar

Se encontrar neste encantado ser
Que emana pelos poros
E te faz enrubescer

Refazer tua felicidade
Correr atrás dos sonhos
Numa vontade de vencer

Não se prender a ninguém
Mas ser feliz com alguém
Preenchendo o teu ser

Amar e querer bem
Sem fugir ou se esconder
Declarar a tdos seu bem querer

Ir muito além de tudo isso
buscar o que vc deseja
E também deseja você

Então seja o rei do seu castelo
E me dê o seu coração
Que serei serva do teu prazer

- Claudynha Nô










                             
                                                   







                                                                    Minha mãe  



Em um dia ensolarado de céu azul e límpido 
O criador veio buscar minha rainha
Ela é sua joia mais rara
Mas também é a minha

Neste dia o céu se fez em festa
Houve clamor dos anjos a bailar
Trombetas e harpas
Daqui se pôde escutar

As melodias dos pássaros estavam a anunciar
A sua entrada na gloria
De uma matriarca glamourosa
E as ondas nas praias ficaram a dançar

Neste dia de dor minha mãe aprendeu a levitar
Deixou o sofrimento desta vida
De tristezas e lamúrias
E pra junto do pai foi morar

Ali sendo suafilha amada, vai reinar
E em meu coração ficará
Entre sonhos e fantasia
De um dia a reencontrar

Agora és livre pra voar
Pois tens a leveza de uma pluma
E com seu carisma e alegria
Poderá me guiar

Com teu amor materno e incondicional
Longe nunca há de ficar
Porque seu amor é devotado e singelo
E me traz paz celestial

Vai continuar colorindo minha vida
Com sua presença em meu viver
Numa junção de almas jamais vista
por qualquer outro ser

E nosso amor é abençoado
Porque foi Deus que me deu você
Me tirou a alegria de não te-la comigo fisicamente agora
Mas a compreensão dele estar com você

Minha mãe, Minha dádiva mais linda
Me dê sua proteção divina
Sou sua filha amada
E nosso amor é além da vida

Eu em carne saí de ti
Em espírito tu vives em mim
Agora somos uma só
Eu sendo sua extensão
Você sendo meu lar

- Claudynha Nô
                             


                                                              Amo-te tanto 



Amo-te tanto que me perdi de mim
No esplendor de anjo
Apareceste em minha vida
Mudou todo o meu ser

Amo-te tanto que já decorei as canções de amor
Recitei Drumond, Shakespeare e Pessoa
escrevi cartas eloquentes sem pudor

Amo-te tanto numa loucura temperada
Da brandura a tempestade
De segundos a eternidade
De viver dormindo sonhando acordada

Amo-te tanto como se ama o amor maior
Em uma imensidão inenarrável
De um coração agitado
Cheio de promessas de um eterno amor

Amo-te tanto como um aconchego de um passarinho
Que solícito procura seu ninho
Na busca da cumplicidade
E no desejo de amar

Amo-te tanto que sou feliz no teu amor
Dessa paixão que me devora
No balançar das horas
Sou refém ao seu dispor

Amo-te tanto que não precisa dizer nada
Basta ficar do meu lado
Ouça o meu coração
Ele vai te falar

Amo-te tanto que se eternizou esse querer
Tornou-se cristal e ilumina
Trouxe a paz e a nostalgia em meu viver

Amo-te tanto que a esperança é a minha sina
De sonhar a fantasia
E amar sem medidas
A plenitude desse amor

- Claudynha Nô



                                                 
                              


                                                                           Assalto




Fui assaltada de repente
De uma forma que a gente nem sente
Quando percebe, já levaram tudo embora

Fiquei sem o sorriso mais gostoso
O olhar mais vivaz
A voz sonora
E o suspiro de amor

Perdi a inocência genuína
A ternura de toda uma vida
A ilusão tão esperada
E o medo de amar

Meus beijos já não são meus
Meus pensamentos se perderam
Junto com a inspiração
E tudo que levou

Furtaram toda a minha atenção
Jogando-a fora depois
Ficando só a metade de mim
E subtraindo o que eu não tinha

Equivocadamente levaram o coração
Que já não me pertencia
E as sensações do corpo que tinha
Agora congelado ficou

Carregaram os meus ideais de aspirante
Jogaram-me num buraco negro
Cicatrizes e Chagas abertas ficaram
Pois são marcas de um assalto sofrido

Esconderam-me a mágica de ser única e desejada
Vivendo uma vida plena
Cheia de emoções
De amores e ilusões afins

Tiraram de mim minha identidade serena
De esperanças, sonhos e paz
Colocando no lugar
Um enorme vazio

Hoje a vida está inconstante
Sem paixão, Sem fantasias
Sem o doce do mel
Não existe mais alegria

Pois levaram o calor do Sol
deixando uma noite fria
E ao cometer esse crime,
Furtaram meus anseios de menina

-Claudynha Nô

                                                             
                          


                                                           
         Ausência 




De todas verdades absolutas no mundo
Algumas não se pode negar
Que ninguém morre quando se é amado 
Ninguém vive quando quando se é sozinho
A estrada de chegada
É a mesma da partida
O caminho é incerto
Sabe-se de onde vem
Para onde se vai, não Sei
A dor da despedida
Mescla-se a dor da saudade
É o rompante mais doìdo
Pois rasga-se a alma
Faz pedacinhos do coração 
Que agora em diante vai viver de reconstrução
Como esquecer que foi o teu primeiro sorriso que eu vi
E fui o teu último olhar que viste
E o que ficou é mais forte
Do que levaste
As lembranças bailam de um lado a outro
Recordam momentos findos
Que não voltam mais
Oscilam entre o passado e o presente
Num doce balançar
Surge então a esperança
De um novo reencontro
De um afago, de um sorriso
De lágrimas felizes
De não mais ver partir
Aprendemos a crescer com a dor
Evoluindo corpo e espírito
Acreditando que muito alem do arco-iris,
Existe um amor infinito
Que traz consigo o júbilo
De tantos anos perdidos
Da ausência de alguém
Ainda caminho a esmo
Esperando com fé inabalável
Guiada pelo pai supremo
Rumo a minha eterna morada

-Claudynha Nô




                             


                                                                           Vida




A vida é um mistério 
Cheia de armadilhas
Que nos desafia todos os dias
E que vale a pena desvendar

Carrega consigo
O peso do pecado
Que as vezes muito amargo
Nos faz penar

Mas pode também ser doce feito mel
Ter um azul lindo no céu
Pássaros fazendo cordel
e ondas no mar

Nos presenteia todos os dias
Com as cores da harmonia
Com uma suave brisa
A nos acariciar

Sejamos gratos a ela
Que a tudo está atenta
Brindando com a lua mais bela
E estrelas a brilhar

Da natureza nos da um Rio
Dos anjos o alarido
Do Jardim um perfume sublime
De alimento um pomar

Mas se a ela não se curvar
Não cultivar a humildade
Sentirás a navalha dela
Sua carne cortar

Por isto viva em comunhão
Seja céu, seja chão
Viva abundantemente
Em plenitude e união

Dê o melhor de si
Para só conhecer o lado bom dela
Confie no senhor amado
E ame serenamente ela

- Claudynha Nô


                                                               
                        


                                                   Amigos de outrora




Onde estão os amigos de outrora
Onde posso encontrar 
Será que estão por perto
Ou em qualquer lugar?

Nesta vida de reviravoltas
Ainda vamos nos esbarrar
Relembrar velhos momentos
Nos emocionar

Soltar as gargalhadas
Que um dia foi só nossa
De peraltices e sonhos
De fantasias e rosas

Os dias passam rápidos
E o tempo é ilusão
Que leva consigo as amizades
Perdidas na imaginação

E quando olho pro céu
Contemplo as suas imagens
Revejo os brilhos dos olhos
Sinto falta das amizades

Volto a me perguntar
Onde estão os meus amigos
De outros tempos remotos
De sonhos antigos

Onde canções velhas eram modas
E as notícias eram novinhas
Tínhamos comunicações frequentes
Eram presente em minha vida

Porém o que se passou
E o que se passará
Ficarão na memória
Nada apagará

Porque o tempo vai passando
E as bem venturas vão ficar
Vivas aqui comigo
E outros verões hão de chegar

Na vida os amigos se vão
Saudade vai dilacerar
Um coração companheiro
Não quero nem recordar

Novos amigos no peito
Também terão o seu lugar
Um dia serão velhos amigos
E muitas histórias pra contar

De amizades sinceras
De valor sem igual
Que se perdem no infinito
Neste mundo passional

Deixarei brotar nos amigos
A semente da amizade
Que fortalece a minhalma
E me traz felicidade

- Claudynha Nô

                                                 




                                         
                       


                                                         Viajante






A hora seguinte não é minha
Nem é nosso esse lugar
Somos viajantes no tempo
Nossa casa é outro lar

Quero está munida e preparada
Para quando vir me chamar
Levar a leveza na alma
A gratidão e a poesia no ar

Levar comigo somente
Só aquilo que for meu
As ações que tive na vida
Pois nada esconde do meu eu

Ter a áurea singela e limpa
A consciência tranquila e calma
Por só enaltecer o amor
Em humildade, corpo e alma

Seguir as leis divinas
Do início até o fim
Ser obediente e atenta
Na bondade e sabedoria afim

Vamos começar no hoje
Passado e futuro não existem
A vida tem páginas em branco
Que escreve o que se vive

O que tiver semeado
Será para ti o teu Julgo
E assim sairá com a sentença
Do que deixaste no mundo

Seja para você a própria cura
Afaste o inoportuno de dentro pra fora
Espalhe flores em seu jardim
E comece a ser feliz agora!

- Claudynha Nô



                                                               







                                   


                                                              Desejos 



Esse desejo me corroí por dentro
Dilacera minhalma
Me deixa inquieta
Faz meu mundo fenecer

Como fugir disso tudo
Se meus pensamentos estão contigo
Meus passos são em tua direção
E meu corpo quer você

Anseio em ver-me refletida nos teus olhos
Acordar contigo
Fazer de ti meu abrigo
Te contar meus fetiches de mulher

Encontrar em você o céu em mim
Saciar a minha fome
Deleitar-me no seu afago
Fazer de ti meu homem

Mergulhar nos teus segredos
Atingir o êxtase profano
Largar os tabus la fora
Atravessar seu oceano

Sentir o calor da sua pele em contato com a minha
A maciez de sua tez
A masculinidade saltando aos olhos
E cristalinamente te amar

Modular seu corpo ao meu
Secar seu suor no apogeu
Na insanidade de uma entrega total
Realizar o sonho seu

Prender seus carinhos
Seduzir-te bem mansinho
Falar em seu ouvido
To querendo você

Lagar-me em seu corpo
Ser aquecida por sua língua
Delirar em teus braços
Alucinar neste clima

Fazer amor primitivo
Com inocência genuína
Com um toque de malícia
E astúcia de uma lobinha

Deliciosamente te sacramentar
Sincronicamente comigo
Liberando a adrenalina
Os hormônios em desalinhos

Ultrapassar os desejos proibidos
Estimular a libido afetada
Num gozo final desmaiar
completamente saciada

Então façamos a última trama desse romance
De delírios, desejos e paixões incessantes
Com excitantes rompantes
Num embalar de dois amantes

-Claudynha Nô

                                                     



                                                   
                       
                       


                                                             Amor enjoadinho

Por que do amor se esconder
Se sou livre pra amar
E o mundo tem que saber
Que é grande o meu querer

Porque ter que falar baixinho
Pra ninguém vê
Que você deseja a mim
E eu quero você 

O amor não é vergonha
Embaraçoso é ocultar
Mutilar o que se tem de lindo
Fingindo não estimar

Não ser sombra de ninguém
Pois o amor é libertação
Poder viver sua plenitude
Com orgulho e união 

Venha ser poesia em meu mundo
Compartilhar com todos esse sentimento
Entregar de vez seu coração
Que sofre calado em silêncio 

Não esconda sua inspiração
Que nasceu por amar demais
Não fique perdido no Porto
Procurando o meu cais

Seja a beleza da lua
Cantada em versos e prosa
Admita que sou sua
Do Jardim a mais linda rosa

Esqueça o que vão dizer
Pois o amor a tudo vence
A essência da verdade
Prevalece a quem a sente

Então grita logo bem alto
porque assim tá se perdendo
Tá esvaindo as nossas chances
De amarmos serenamente

E não me peça para ficar calada
Porque quero que o mundo saiba
Que te desejo profundamente
Eu te amo e mais nada...

-Claudynha Nô

                                                                 






                                                         
                          







                                                                 O Sol



O Sol supremo astro rei
Desfila num céu límpido e fecundo
Irradia, contagia a vida
Embelezando o mundo

Ele que aquece a gente
É o abraço amigo numa noite fria
É a luz de Deus mesclando
O real e a fantasia

O Sol também embala
Os corações dos apaixonados
É cúmplice de cenas calientes
Que a ele é confiado

E nos dias em que não aparece
A vida fica parada, tristonha e vazia
A música perde o tom
O ritmo a melodia

Junto a ele está a paixão
Eloquente cheia de chama
No verão traz novos amores
E historia que encanta

Seus raios se refletem
Entre as nuvens que vagueiam
É um labirinto de luzes
Energias que incendeiam

À tarde ao pôr do sol
Sarau, poesia e calma
Vista magistral do espetáculo
Que domina e flui na alma

-Claudynha Nô
 



                       
                                               





                                      Quando se encontrar com Deus





Quando se encontrar com Deus
Diga que o mundo pirou
Ninguém respeita ninguém
impera o desamor

Tá um caos aqui na terra
Com tantas mentiras e traições
Um se levantando contra o outro
Nações derrubando Nações

Quando se encontrar com Deus
Diga-lhe que a incompreensão tem um álibi
Esta forjada nas pessoas
Acabando com a humanidade

Que o temor não mais existe
Que não seguem seus mandamentos
Esqueceram tudo aquilo
Que escreveste no testamento

Quando se encontrar com Deus
Diga-lhes da ruína em que estamos
Que nos perdemos da fé
Da esperança e do soberano

Que tudo ficou mais fácil
Quando a perversão tomou o lugar
Os fortes oprimem os fracos
E brigam entre si para ver quem vai liderar

Quando se encontrar com Deus
Diga-lhes que a inocência não existe mais
As crianças são endurecidas
E armas na mãos lhe são empurradas

Quando encontrar com Deus
Diga-lhes da tristeza do lar
É filho levantando contra pai
É pai ao filho querendo matar

Irmão estrupando irmãs
Mãe abortando seus fetos
Avós vítimas dos netos
O terror se faz no lar

Que a tirania do homen é silenciosa
Que dilacera a alma
Corrompendo a integridade
E mutilando impiedosa

Quando encontrar com Deus
Diga-lhes que ainda temos salvação
Temos sementes espalhadas na terra
Semeando União 

Que somos gatos pingados
Espalhados pelas Nações
Lutando por dias melhores
Pela comunhão dos irmãos

Então que ele venha ligeiro
Mas que não pise neste chão
Pois sera morto novamente
Pela mão de sua criação

Chegue de mansinho
Varrendo toda essa desumanidade
Colhendo os seus filhos amados
Levando pra eternidade

- Claudynha Nô







                                  

                                     



                                                                  Linear



Na supremacia das horas
No balancear do momento
Nas curvas do tempo
Nas asas do pensamento

Velozmente segue a avenida
A poesia e a canção
É música que erradia
É luz, bênção e ascenção

Na vida a surgir num choro
Num sopro perdendo a vida
Na transgressão do acaso
Assim se torna bem-vinda

Da escuridão a chama alta
Do silêncio ao grito aflito
Da primeira luz do dia
Até o entardecer contido

De tudo que se pode mudar
Das opiniões não formadas
Das ilusões perdidas a fio
Chorando dilacera a alma

No critério da decisão certeira
Na dúvida mais profanada
A boca fechada permanece
Sendo a atitude mais graciada

O brilho do desdobramento
Da navalha que lhe corta
É a faça de dois gumes
Que estraçalha e exorta

Na lentidão do conhecimento
Na ignorância do saber
É falta de sabedoria divina
Impedindo de crescer

Carrega consigo a ânsia
Em tudo ficar atento
Ser calma, ser brisa, ser vida
Ser um mundo de seguimento

Seguir assim voltado
Para as perguntas que a vida faz
Para trilhar docemente o caminho
De amor, humildade e paz

- Claudynha Nô


                   




                                                   Lembre-se 




Lembre-se do nosso amor
Que ainda permanece
Que o coração se compadece
E o tempo faz crescer

Lembre-se da tormenta da distância
Da saudade no peito latente
Do pensamento angustiante
Não vendo a hora de acontecer

Lembre-se do desejo sentido
Da pessoa amada amiga
Ansiando o corpo antigo
Solicitando se aninhar

Lembre-se de ser presente
Louco numa loucura insana
De uma paixão desenfreada
Em uma cumplicidade crescente

Lembre-se do amor de lupa
Que nas circunstancias não tem postura
Soltando-se sem censura
Fazendo se entregar sem cessar

Lembre-se do gozo derramado
Dos corpos suados
gemendo parados
De tanto prazer

Lembre-se da hora finda
onde o êxtase ainda vinga
E o desejo aumenta
A vontade de amar

Lembre-se que de tudo
Fica a saudade
Dos momentos vividos
Na adolescente idade

Lembre-se que do amor não se esquece
Que o corpo é templo sagrado
E já foi sua morada
E agora vive desabitado

Lembre-se da nossa história
Com derrotas e vitórias
Lutamos lado a lado
Prometemos não acabar

- Claudynha Nô


                                   



                                                                           ILUMINADO


Quebrando os paradigmas
De verdades absolutas
Meditando na existência 
Da vida e suas condutas

Atravessa um oceano
De conhecimento e evolução
Es novo cronologicamente
Mais na alma é ancião 

Sabe conhecer e compreender
A essência de tudo
Diferencia o certo do errado
Vivendo atemporalmente, sobretudo

Na dimensão do desconhecido
Se faz um curioso
Sua limitação vai além
De estudos, fé, doutrina entre outros

Despojado de ganância
De ambição ou inveja
Mantém a mente elevada
Enaltecendo a vida etérea 

Compartilha com o próximo
Seu sentimento genuíno
Engrandece a força humana
Da natureza e do divino

De ingenuidade peculiar
Trás consigo a paz interior
Transmite sua luz própria
Com sabedoria e amor

Tens também seu rompante
De desilusões e sofrimentos
Mas vive o seu presente
Sendo feliz, somente

Não se apega a luxúria
Da pobreza faz sua calma
É um enviado de Deus
Lutando pelo crescimento da alma

-Claudynha Nô

quinta-feira, 14 de julho de 2016


                                

                                               Luz divina



Ela, verdade que conduz 
Meiga, suave, serena
Perseverante e confiante
Trilhando a estrada plena
Fiel aos designos divinos
Usando a força do amor
Com gentileza, humildade e sabedoria
Aos desafetos não tem rancor
Menina, moça,mulher
Luz divina
Filha, mãe, vó
De filosofia só
Coração justo, bondoso, cheio de rima
o astral é seu lar
Seu valor é infinito
Assim como as ondas do mar
Eis que sua vaidade de esvai
Dando vazão ao sopro de suave brisa
No seu castelo de sonhos, amizades
E sinceridade peculiar
Gratidão E honra sempre
A tudo dai graças
É Luz divina mesmo no sofrimento
É nascida na junção das raças
Piedosa, pecadora, filha de Deus
Seu louvor e poesia, chegam aos céus
Transformam-se em fluidos celestiais
saindo dos olhos seus. 


-Claudynha Nô
                          


                                                        Amanheceu



Amanheceu e com este novo dia
Novas esperanças
Novos sonhos
Novas diretrizes

Amanheceu, e tudo se renova
A alma se refaz
A vida recomeça
E os desafios são reais

Amanheceu, e os desejos são realizados
As vontades divididas
E as emoções sentidas

Amanheceu, e as crianças trazem alegrias
Os idosos lições de vida
E as canções ouvidas

Amanheceu e o momento é agora
O entardecer não demora
E ser feliz é o que importa


- Claudynha Nô

             




                                         Partida
                    (In memorian de Thiago Benhur)



Onde será que a dor dói mais?
Na alma machucada
Ou nos cacos jogados ao chão

Onde é que nos tornamos tão impotentes?
Diante do inevitável
Ou na ida na contramão

Porque sofremos tanto?
Porque somos fracos e indefensos
Ou porque não temos a decisão?

Qual foi a parte da vida que perdemos?
A parte que deixamos em branco
Ou a parte vivida de ilusão?

Diga o motivo da partida sem aviso
É para sofremos sem medida
Ou vivermos como irmão?

Me ensine o sentido da vida
Se é ver partir o ente querido
Ou aprender seus ensinamentos de irmão?

Que canção é a mais comovida?
Aquela cantada na partida
Ou aquela cravada no coração?

Porque os melhores tem que ir antes?
Para deixar seu exemplo de amigo
Ou nos matar na solidão?


-Claudynha Nô




                                        
                     


                                                        Venha a mim



Venha ser canção em meus ouvidos
Abrace meu coração
Chegue a minha alma
E me encha de carinhos

Queira ser eternidade no meu colo
Fazer de mim o seu ninho
Ser o teu refugio amado
O remanso do seu cantinho

Procure abrigo seguro
Deleite na imensidão do amor meu
Navegue por minha vida
Descubra a felicidade de um tolo ateu

Embrenha nas veredas das minhas curvas
Chegue de leve e sutilmente
Observe os brilhos das minhas palavras
E veja a luz estampada ofuscantemente

Não seja para mim demais
Porém de menos tão pouco
Seja a medida certa
Para segurar esse amor duradouro

Entre pela porta da frente
Sem pular etapas demais
Para que a plenitude desse amor
Nunca se apague jamais

Venha revestido de sonhos
Ideais e muito anseios
Atravessando todas as barreiras
E ascendendo as chamas dos devaneios

Viveremos uma vida intensa
De magia e volúpia
Vivenciando instantes ímpares
De perfeição e incansável ternura


- Claudynha Nô



                                            
               
                                          A vida pede pressa



Os dias passam depressa
O tempo é veloz
Caem por terra a irreflexão
Que sucumbem as trapaças
De realizar a promessa

As almas deselegantes
Se desnorteiam com o passar das horas
Cambaleiam de um lado pró outro
Em vôos incertos

No balançar da aurora
Os sonhos têm pressa
Lamentam, se desesperam
Adiam sua concretização
Inadiável medida expressa

As noites atravessam a cidade
Ruas, bairros, favelas
Mistura com cores do semáforo
Confunde com essa mazela

É vida que dispara
Pede, implora urgência
Insana pede calma
Implacável nos fere sem clemência


- Claudynha Nô